PCdoB quer ir à Justiça contra o reajuste do IPTU para Salvador

Publicada em 16/01/2014 06:29:11
O reajuste na cobrança do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para este ano em Salvador deve chegar a 40%, e a estimativa da prefeitura é arrecadar mais de R$ 900 milhões, R$ 500 milhões mais que em 2013. Os novos boletos estarão disponíveis a partir da próxima segunda-feira (20).
Apesar de o prefeito ACM Neto  ressaltar que os critérios usados no processo de cadastro e recadastro fará mais justiça fiscal e social, a ação do gestor democrata foi criticada pela oposição ao seu governo. De acordo com o deputado federal Nelson Pelegrino, a “classe média não merecia esse presente do prefeito”. Já a vereadora do PCdoB, Aladilce Souza, informa que a bancada estuda ir à Justiça para tentar barrar o aumento.
“Pode-se até admitir que nós temos que recuperar a receita do município, mas, Deus que é Deus, demorou seis dias para fazer o mundo e descansou no sétimo e o prefeito quer fazer tudo em um dia e isso não pode. Não tem condições de em um ano você corrigir tudo, a classe média não aguenta isso”, declarou o deputado federal Nelson Pelegrino em contato com a Tribuna.
Ele ainda completa dizendo que esse aumento acaba sobrando para o povo. “Teve aumento de excesso, de ITIV [Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos de bens Imóveis], de IPTU e de todas as taxas municipais, é uma máquina tributária. O prefeito está achando que Salvador é São Paulo. Salvador tem a 25ª renda per capita do país, não pode aplicar uma estratégia de São Paulo em Salvador. Há uma incoerência, lá o prefeito [Fernando Haddad] deu 20% de reajuste e o PSDB foi para a Justiça para suspender o aumento. O mesmo PSDB que aqui votou a favor. Quando o carnê começar a ser distribuído, aí vai começar as reações”, completou.
Para a vereadora Aladilce Souza, a bancada de oposição deve se debruçar sobre o assunto, após o recesso parlamentar da Câmara de Vereadores, mas o PCdoB quer ir à Justiça para tentar barrar o aumento. “Nada impede a oposição de contestar, não só pelos valores, mas da forma como foi realizado esse projeto. Não temos uma posição da bancada de oposição [para ir à Justiça pedir a revogação], mas a posição nossa, da bancada do PCdoB, é de que a gente vá”, afirmou a comunista. Ela finaliza dizendo que “nada foi reajustado nesse percentual de 35%. Então é uma corda muito pesada para a prefeitura, peso demais até, nesse início de gestão”.

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