Internet sem fio grátis 




em aeroportos do 




país ainda apresenta 




problemas


Levantamento do G1 aponta limitações na rede dos sete aeroportos.
Infraero diz que serviço está em 'operação assistida”, e terá ajustes.

Do G1, em São Paulo*

Cartaz no Aeroporto do Recife anuncia serviço de internet grátis (Foto: Luna Markman/G1)Cartaz no Aeroporto do Recife anuncia serviço de
internet grátis (Foto: Luna Markman/G1)
Quase duas semanas após o início da oferta de internet sem fio de graça e ilimitada em sete aeroportos do Brasil, passageiros que tentam se conectar à rede ainda encontram problemas para acessar a web. OG1 visitou na terça-feira (17) os sete aeroportos onde a rede wi-fi foi disponibilizada desde o último dia 5, e ouviu reclamações em todos eles. No total, foram ouvidos 34 passageiros que tentavam acessar a rede e apenas 50% deles conseguiram usar a internet – alguns deles com acesso limitado, sem conseguir ver vídeos.
O principal problema foi encontrado no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, onde o sistema estava totalmente fora do ar em duas visitas. A rede também apresentou limitações no Santos Dumont, no Rio de Janeiro, onde 80% dos passageiros ouvidos pelo G1 não conseguiram entrar na internet. Nos aeroportos do Recife e de Congonhas (em São Paulo), 60% dos passageiros ouvidos não conseguiram usar a internet. Os usuários também reclamaram da velocidade do sinal oferecido e de complicações para liberar o acesso.
Veja abaixo o resultado do teste feito pelo G1 no wi-fi dos aeroportos (em percentual de usuários entrevistados)
AEROPORTOFUNCIONOUNÃO FUNCIONOUFUNCIONOU PARCIALMENTE
Guarulhos (SP)58%28%14%
Congonhas (SP)40%60%-
Galeão (RJ)60%20%20%
Santos Dumont (RJ)20%80%-
Pampulha (MG)100%
Guararapes (PE)40%60%-
Fortaleza (CE)40%40%20%
Questionada pelo G1 sobre os problemas encontrados, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) informou que o projeto ainda está em fase “operação assistida”, e que passará por ajustes operacionais e técnicos. “Por se tratar de um projeto inédito, há detalhes técnicos que estão sendo observados/melhorados para ofertar ao passageiro serviços confiáveis e de qualidade”, diz uma nota divulgada pela empresa. Segundo a Infraero, é importante que os usuários procurem a ouvidoria da empresa para reclamar quando houver problemas na rede, e quando a oferta for definitiva, serão realizadas avaliações periódicas para garantir a qualidade dos serviços prestados.
A estudante Laís Furtado não conseguiu usar a internet no Santos Dumont  (Foto: G1)A estudante Laís Furtado não conseguiu usar a
internet no Santos Dumont (Foto: G1)
Os melhores resultados foram encontrados no aeroporto do Galeão (no Rio), onde 80% dos usuários conseguiram acessar a rede, em Guarulhos (São Paulo), onde a internet funcionou para mais de 70% dos entrevistados e em Fortaleza, onde a rede foi acessada por 60% dos passageiros ouvidos.
Rio de Janeiro
Os aeroportos do Rio de Janeiro registraram o melhor e o pior resultado no levantamento realizado pelo G1. Enquanto no Galeão 80% dos entrevistados conseguiram acessar a rede (mesmo que parte deles de forma limitada), no Santos Dumont apenas 20% dos ouvidos conseguiram entrar na internet gratuita da Infraero.
Apenas uma das cinco pessoas ouvidas no Santos Dumont conseguiu se conectar à wi-fi gratuita. A estudante maranhense Laís Furtado não conseguiu usar a internet. Ao tentar se conectar à rede oferecida pela Infraero, ela foi transferida para uma página que oferecia uma internet paga. “Eu encontrei, é ‘roteado’(o terminal). Mas ele liga a um site para conectar a internet que é pago. É R$ 1,99 a hora, mas é só promoção. Essa página diz ‘internet quase de graça’”, disse.
A capixaba Alessandra Freire conseguiu acessar a internet por seu celular no Galeão (Foto: G1)A capixaba Alessandra Freire conseguiu acessar a
internet por seu celular no Galeão (Foto: G1)
Já no Galeão, a estudante Alessandra Freire, capixaba de 21 anos, conseguiu acessar a internet normalmente por seu celular. O único problema que ela encontrou foi na exibição de vídeos e na demora para carregar imagens. “Consegui conectar normalmente, ver o Facebook, meu e-mail, o G1. As fotos demoraram um pouco para abrir”, disse.
O advogado Célio Cavalcanti Neto, que também conseguiu se conectar, reclamou do procedimento para conseguir acessar a rede pelo celular. “É um pouco trabalhoso. Tem que criar senha, inserir número do cartão de embarque, identidade, etc.”, explicou.
São Paulo
Nos aeroportos de São Paulo, o G1 ouviu relatos de problemas de conexão nos dois aeroportos. Em Congonhas, dos cinco entrevistados, apenas dois conseguiram acessar a internet – mas encontraram problemas. “A velocidade era bem rápida, deu para entrar no e-mail, ver vídeo, mas caía bastante. Consegui usar durante dez minutos, depois caiu”, disse a biomédica Janaina Costa, de 24 anos, que na noite de segunda-feira (16) embarcou para Goiânia.
A farmacêutica Karyna Monteiro teve dificuldade em acessar a rede em Congonhas (SP) (Foto: G1)A farmacêutica Karyna Monteiro teve dificuldade em
acessar a rede em Congonhas (SP) (Foto: G1)
Após tentar, sem sucesso, acessar a rede wi-fi, a farmacêutica Karyna Monteiro, de 31 anos, procurou ajuda com funcionários do aeroporto. “Disseram que era para eu sair [da sala de embarque] e pegar um cartão na Infraero”, disse. “Acho que é uma propaganda enganosa. Se funcionasse seria muito bom. No horário em que você fica na sala de embarque seria bacana dar uma olhada na internet. Mas não funciona.”
Em Guarulhos, a situação encontrada foi um pouco melhor. O G1 entrevistou sete pessoas a respeito da conexão oferecida pela Infraero. Quatro delas conseguiram se conectar, duas não conectaram e uma pessoa conectou, mas não conseguiu fazer o cadastro.
A tradutora Fernanda Romero Engel, de 27 anos, embarcava com o marido, o advogado Daniel Engel, de 31 anos, em lua de mel em Veneza, na Itália. “Conectei e reconectei três vezes por meio do meu celular, que acusou conexão com sucesso. Mas quando abri o navegador e tentei acessar páginas, surgiu a mensagem de que não havia rede ativa. Não chegou a ser exibida a tela de login da rede”, contou.
O engenheiro civil Cálicles Mânica, de 35 anos, que mora em Brasília, não conseguiu se conectar com seu smartphone na sala de embarque. “Não consegui ultrapassar a fase de cadastro. Preenchia todos os dados, entretanto, acusava que o número do cartão de embarque estava errado. Tentei a operação várias vezes”, conta.
O empresário Henrique Freitas mostra mensagem de erro ao tentar conectar à internet no aeroporto do Recife (Foto: Luna Markman/G1)O empresário Henrique Freitas mostra mensagem de erro ao tentar conectar à internet no aeroporto do Recife (Foto: Luna Markman/G1)
Recife
No Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, o teste foi realizado na segunda e na terça-feira (17). No primeiro dia, nenhuma das três pessoas ouvidas pelo G1 conseguiu usar a rede por meio da rede wi-fi “INFRAERO”, mas na terça-feira os usuários entrevistados não tiveram problemas em acessar a internet. As tentativas ocorreram na entrada e dentro da sala de embarque Sul.
O empresário Henrique Freitas e o fuzileiro naval Jurandir Ramos Júnior tentaram conectar com seus notebooks, que localizavam o sinal, mas não conseguiam fazer o primeiro acesso, onde acontece o cadastro. Já a auxiliar administrativa Fernanda Lima recebia em seu celular um aviso de falha na obtenção do endereço. "E não tinha ninguém perto do meu portão de embarque para tirar dúvidas", reclamou.
O designer Rodrigo Braga tentou navegar no aeroporto da Pampulha, mas a rede não funcionava (Foto: Pedro Gonçalves/G1)O designer Rodrigo Braga tentou navegar no aeroporto
da Pampulha, mas a rede não funcionava
(Foto: Pedro Gonçalves/G1)
Já no dia 17, o especialista em desenvolvimento de hardware Leandro Honorato e o engenheiro eletricista Fábio Thomaz não tiveram problemas em acessar a internet, tanto na entrada quanto dentro da sala de embarque sul. Ambos fizeram o cadastro, navegaram pelo email e pela página do G1, onde também assistiram a vídeos. "A conexão está muito boa. Finalmente liberaram a internet", comentou Fábio.
Belo Horizonte
Em dois dias de visita ao aeroporto internacional da Pampulha, em Belo Horizonte, o serviço de internet gratuito não funcionou. O G1 esteve no aeroporto na tarde desta segunda (16) e terça-feira (17), por cerca de duas horas em cada dia.
O economista italiano Paolo Cavadini tentou acessar o serviço, mas não conseguiu. “Não apareceu nem a tela de cadastro”, disse Cavadini, que esperava o voo na sala de embarque. O designer Rodrigo Braga também tentou navegar, mas sem sucesso. Enquanto isso nos painéis informativos, uma orientação demonstrava como fazer o cadastro no momento em que o usuário acessa o serviço pela primeira vez. Na sala de embarque, esta era a única divulgação do serviço.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

É ASSIM QUE TRATA O POVO QUE REIVINDICA SEU DIREITO?

DESCASO TOTAL